A evolução do eLearning em duas palavras


“Enquanto nos tradicionais sistemas de educação a distância o aprendizado individual é considerado mais importante da comunicação entre os participantes, o modelo de formação em rede afirma que o aprendizado é estimulado da colaboração entre os participantes”   (A. Kaye  - 1991)

Analisamos esta frase de Antony Kaye e tentamos individuar alguns aspectos interessantes.
Podemos ver imediatamente uma contraposição entre “tradicionais sistemas de educação a distancia” e “modelo de formação em rede”.
De fato de educação a distancia fala-se à muitos anos. Também os cursos por correspondência e os livros de instrução programada dos anos 50 eram ensino a distancia. Desde os anos cinqüenta até as últimas décadas dos anos noventa a tecnologia contribuiu a tornar mais eficiente o ensino a distancia e as metodologias evoluíram proporcionalmente para torná-lo mais eficaz.
Todavia entre um curso por correspondência e um Computer Based Training não existe uma efetiva diferença, se não um melhoramento em termos de eficiência e eficácia do meio de ensino. Nos dois casos continuamos tendo uma forma individual de aprendizado.
Quando no final dos anos noventa a Internet começou a entrar na vida das empresas, começou a verdadeira evolução.

A difusão da Rede portanto, é o marcador principal da evolução do ensino a distância.
Não é a possibilidade de treinar e ensinar a distancia, mas a possibilidade de interagir de forma síncrona ou assíncrona que representa a verdadeira revolução.
A presencia da Rede coloca os usuários em condição de interagir e então eleva notavelmente as potencialidades de ensinar a distancia.
A tecnologia de rede torna-se o verdadeiro fator habilitante do ensino a distancia que se transforma em e-learning.
O e-learning começa a gozar das peculiaridades da rede para incorporar momentos de aprendizado colaborativo. Neste momento a colaboração era complemento do aprendizado, momento no qual se consolidavam os conceitos compartilhando idéias com colegas.
Agora com a presença maciça das redes sociais, o e-learning evoluiu. A colaboração não é mais complemento do aprendizado mas essa mesma é aprendizado. 
Passamos, então, do e-Learning ao Social Learning que desfruta as características intrínsecas da rede junto a natural predisposição ao aprendizado do “homem corporativo”.

Se juntamos isso à possibilidade oferecida pela rede de navegar em um verdadeiro hipertexto dinâmico, chegamos ao Networked Web Content, um conjunto de conteúdos presentes na rede e disponíveis para todos.
Nesta segunda geração pós-internetiana nascem e proliferam as comunidades virtuais, se aplicam de fato nas corporações as metodologias blended, os learning object assume um papel fundamental, nasce o novo perfil do tutor comunitário, o Cibergestor.

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